Ponto de acesso
Um ex-escoteiro passou grande parte de sua vida trabalhando ao ar livre e ajudando a proteger nosso planeta: Jerome Ringo, ativista ambiental e ganhador do prêmio BSA Silver Beaver. Por 20 anos, Ringo trabalhou na indústria petroquímica e ajudou as pessoas a aprenderem como se proteger melhor contra a poluição. Tendo crescido caçando e pescando - foi o primeiro afro-americano a trabalhar na Philmont - Ringo desenvolveu uma conexão com a natureza. De 2005 a 2007, ele atuou como presidente da National Wildlife Federation.
Por meio de seu trabalho com essas organizações, Ringo entende o impacto das mudanças nos padrões do clima na vida selvagem. Aqui está o que Ringo e muitos cientistas estão dizendo sobre o que está acontecendo ao redor do mundo.
ÁFRICA
O continente africano sentiu os efeitos mais do que qualquer outro lugar, diz Ringo. Até um milhão de gnus na planície do Serengeti viajam para o norte a cada estação seca em busca de água e comida. Devido às severas secas dos últimos anos, os gnus, assim como zebras e antílopes, estão encontrando menos água pelo caminho. Muitos nunca completam sua jornada.
ÁSIA
Grande parte da água na China, Índia e Nepal vem das geleiras do Himalaia. “Em 50 anos, essas geleiras podem acabar”, diz Ringo, causando uma escassez de água que afetaria a vida selvagem, como o já ameaçado panda.
Orangotangos em Bornéu estão em perigo devido à destruição do habitat da floresta tropical. Muitos especialistas acreditam que os orangotangos podem se extinguir na natureza em 10 a 15 anos.
OS POLOS
O gelo ártico do tamanho de Nova York, Geórgia e Texas combinados derreteu. Essa perda de habitat significa menos focas, o que significa menos comida para os ursos polares. Os ursos polares podem nadar até 60 milhas para encontrar sua próxima refeição; muitos se afogam ou morrem de fome.
O gelo antártico também está derretendo, mudando o local onde os pinguins se reproduzem e criam filhotes. O aquecimento da água do oceano reduz o krill, a comida favorita dos pinguins. O World Wildlife Fund relata que a população de pinguins-imperador caiu 50% nos últimos 50 anos.
AUSTRÁLIA
Algumas borboletas da Austrália estão ameaçadas de extinção. Os insetos são os primeiros a desaparecer, diz o cientista australiano Dr. Don Sands. “Eles são a melhor indicação das mudanças climáticas porque o impacto sobre eles é quase imediato”, diz o Dr. Sands. Por causa de sua curta duração de vida, se eles não encontrarem comida e acasalarem rapidamente, as espécies morrem.
SEU QUINTAL
“As mudanças climáticas afetam os padrões de migração das aves”, diz Ringo. O inverno chega mais tarde e a primavera mais cedo. Os pássaros que normalmente voam para o sul no inverno podem permanecer ou não voar tão longe ao sul. As espécies em migração, incluindo pássaros, borboletas e insetos, estão se movendo em direção aos pólos. Robins foram vistos 500 milhas ao norte do Círculo Polar Ártico. Não existe uma palavra na língua Inuit para 'robin'. Esses nativos americanos que vivem nesta região nunca precisaram de um antes.
OS ESTADOS UNIDOS
A National Wildlife Federation diz que em Everglades, na Flórida, à medida que o nível do mar sobe, a água salgada penetra nas áreas de água doce e destrói os pântanos. Peixes e pássaros estão ameaçados, bem como o veado-chave e a pantera da Flórida, ameaçadas de extinção.
Os besouros da casca dos abetos, antes limitados ao sudeste, estão migrando para o norte devido às temperaturas mais altas. “Eles estão devorando as florestas do Canadá e do Alasca em milhares de acres”, diz Ringo. Os habitats dos mosquitos também estão se expandindo para latitudes e altitudes mais altas. Isso não é apenas uma má notícia para os campistas, mas também pode significar um aumento da malária.
A FLORESTA DE CHUVA
O maior rebanho comercial de gado do mundo vive ao longo do rio Amazonas, eliminando grandes quantidades do gás metano do efeito estufa. O desmatamento para extração de madeira e soja aumenta o problema. O biólogo Daniel Nepstad, do Woods Hole Research Center, prevê que, se isso continuar, 40 por cento da floresta amazônica terá desaparecido até 2050, impactando potencialmente toda a vida selvagem da área, especialmente peixes como a piranha.
POR QUE VOCÊ DEVE FICAR VERDE? É APENAS PLAIN SMART.
Não é política. É o coração do Escotismo: promover a conservação e a arte ao ar livre responsável. Faça sua própria parte para reduzir seu impacto na Terra:
- Reciclar.
- Use lâmpadas fluorescentes compactas.
- Desligue as luzes e desconecte os eletrônicos quando terminar.
- Plante árvores.
- Diminua os termostatos no inverno e aumente no verão.
- Dirija menos: ande de bicicleta, pegue um ônibus, caminhe ou faça caronas.
- Tome banhos mais curtos para usar menos água quente.
- Incentive os adultos a comprar aparelhos e carros com baixo consumo de energia.
- Encha os pneus do carro corretamente.